terça-feira, 11 de outubro de 2011

Submerso

Recupero na música
triste dos portenhos
a saudade
escondida
sob a pele
curtida
do progresso:
tenho medo
de não regressar
ao útero
e me ver afastado
ao todo da família
a música cadencia o olhar
absorto ao nada: olho
e não vejo o presente
no arco do trajeto
a música se faz ágil
e forte: corto as amarras
e submerjo.

Pedro Du Bois

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